Economia

ANP leiloa nesta sexta mais 4 áreas do pré-sal com previsão de arrecadação de R$ 6,8 bi e disputa acirrada

Sob o regime de partilha, arremata a área a empresa que oferecer ao governo maior percentual de óleo excedente da produção

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A oportunidade de explorar petróleo e gás na camada pré-sal do Brasil reúne nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, 12 das principais petroleiras do mundo. Quatro áreas são ofertadas nesta 5ª Rodada de Partilha da Produção e a incerteza quanto ao futuro político país promete acirrar a disputa.

Analistas sugerem que há possibilidade do próximo presidente da República mudar a política do país em relação aos leilões de blocos de petróleo no país. Na segunda-feira (24), durante a abertura da Rio Oil & Gas, maior evento do setor na América Latina, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix, admitiu que há possibilidade de mudanças na regulamentação do setor com a nova presidência e reforçou que a incerteza sobre leilões futuros aumenta a atratividade do realizado nesta sexta-feira.

“É uma oportunidade certa, por isso que ela se torna mais atraente”, disse Félix, na condição de ministro interino do MME.
Outro fator que deve aumentar o apetite das petroleiras é o preço do barril de petróleo, que bateu US$ 80 nesta semana, nível mais alto em quatro anos.

Preço do barril de petróleo tipo Brent — Foto: Karina Almeida/G1 Preço do barril de petróleo tipo Brent — Foto: Karina Almeida/G1
Preço do barril de petróleo tipo Brent — Foto: Karina Almeida/G1

O leilão acontece em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, a partir das 9h. Serão ofertados os blocos Saturno, Titã e Pau-Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. Se as 4 áreas forem arrematadas, a União irá arrecadar R$ 6,82 bilhões em bônus de assinatura.

As empresas concorrentes são:

Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) – Brasil
DEA Deutsche Erdoel AG – Alemanha
QPI Brasil Petróleo Ltda. – Catar
Ecopetrol S.A – Colômbia
CNOOC Petroleum Brasil Ltda. – China
CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. – China
Chevron Brazil Ventures LLC – Estados Unidos
ExxonMobil Brasil – Estados Unidos
Total E&P do Brasil Ltda. – França
Equinor Brasil Energia Ltda. – Noruega
Shell Brasil Petróleo Ltda. – Reino Unido
BP Energy do Brasil Ltda. – Reino Unido
Nas licitações sob o regime de partilha da produção, as empresas vencedoras são as que oferecem ao governo, a partir de um percentual mínimo fixado no edital, o maior percentual de óleo excedente da futura produção. Esse excedente é o volume de petróleo ou gás que resta após a descontados custos da exploração e investimentos.

O percentual mínimo de excedente de óleo que deve ser destinado à União é de 17,54% para Saturno; 9,53% para Titã; 24,82% para a área de Pau-Brasil e de 10,01% para Sudoeste de Tartaruga Verde.

A área de Saturno estava prevista para ser licitada na 4ª rodada de leilão do pré-sal, agendada para junho, mas o bloco foi retirado após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Junto com ela serão licitadas duas áreas que foram excluídas pelo TCU do leilão de petróleo e gás realizado no dia 29 de março. Análises do tribunal apontaram que seria mais vantajoso para o governo que as áreas fossem licitadas junto com o bloco de Saturno, sob o regime de partilha.

G1 // AO