O homem suspeito de envolvimento nas mortes de três seguranças no ensaio da banda Harmonia do Samba, em fevereiro de 2017, e do cabo da Polícia Militar Gustavo Gonzaga da Silva, em junho deste ano, no bairro de Santa Cruz, em Salvador, foi apresentado na manhã desta quinta-feira (27), no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.
Antônio Caíque Santos Correia foi preso no dia 6 de setembro, no bairro de Jaçanã, periferia de São Paulo, durante uma operação integrada das Polícias Militar, Civil e Federal e chegou à Salvador na tarde de quarta-feira (26). Além dos assassinatos dos seguranças e do policial, ele também é suspeito de mais 23 homicídios na capital baiana entre 2016 e 2018.
De acordo com o delegado Odair Carneiro, do DHPP, Caíque faz parte da facção criminosa Comando do Boqueirão, que é vinculada ao Comando da Paz, e é apontado como líder do tráfico de drogas na região do Nordeste de Amaralina. "Ele fornecia drogas para a região da Ceasa e para o Complexo do Nordeste. Além disso, ele era o líder de todos os bondes que atacavam viaturas da polícia no Nordeste e em outros bairros de Salvador. É um indivíduo muito perigoso", ressaltou.
Referente ao triplo homicídio antes do ensaio da banda Harmonia do Samba, em 2017, o delegado explicou que a morte de um comparsa de Caíque, que ocorreu na saída do mesmo evento na semana anterior, foi o estopim para a execução dos seguranças que trabalhavam no local da festa.
“Quanto as mortes dos seguranças, nós sabemos que estão relacionadas a um crime anterior onde um dos chefes do tráfico do Nordeste foi morto em um dos ensaios do Harmonia. Na semana seguinte, Caíque juntou com mais alguns indivíduos e matou e ateou fogo nos seguranças no estacionamento do Estádio de Pituaçu”, disse.
Já a morte do cabo da PM, no dia 9 de junho deste ano, no bairro de Santa Cruz, está relacionada a uma retaliação após ações policiais realizadas no Complexo do Nordeste.
“A atuação das policias Civil, Militar e Federal no Complexo do Nordeste de Amaralina estava causando prejuízo ao tráfico, então eles receberam uma determinação de que teria que dá uma resposta matando um policial. O cabo Gonzaga foi morto pelo fato de morar no bairro”, relatou.
BBNwes// Figueiredo