Dois voos entre Salvador e Buenos Aires foram cancelados, nesta terça-feira (25), pela empresa aérea Aerolíneas Argentinas devido a uma greve geral na Argentina. A paralisação é contra as políticas do presidente Maurício Macri.
Segundo informações do terminal aéreo na capital baiana, um dos voos sairia de Salvador com destino à capital argentina, com desembarque no Aeroporto Internacional de Ezeiza. O outro faria o sentido inverso. São eles: AR 1228 (EZE-SSA) e AR 1228 (EZE-SSA)
Já o voo G37488 (SSA-EZE), operado pela Gol Linhas Aéreas, previsto para decolar à 0h40 da quarta-feira (26), não sofria interferências até a publicação desta reportagem, segundo o aeroporto de Salvador.
Cancelamentos
Além dos voos de Salvador, também foram afetadas quatro decolagens com destino a São Paulo, três ao Rio de Janeiro, duas em Porto Alegre e uma em Curitiba. Todos da Aerolíneas Argentinas.
Segundo a companhia, quem desejar devolver sua passagem poderá fazer pelo mesmo canal de compra. "Os passageiros que desejem reprogramar seus voos, após até sete dias da greve, poderão fazer sem restrições e de acordo com a disponibilidade de assentos", informou a aérea.
Crise na Argentina
Pouco mais de dois anos depois de encerrar a disputa com os chamados “fundos abutres”, a Argentina se viu diante de um novo impasse financeiro. Com sua moeda despencando, o país subiu a taxa de juros ao maior patamar do mundo, consumiu boa parte de suas reservas em dólares, buscou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e tentava buscar a confiança de investidores para evitar uma nova corrida cambial.
O custo desse acúmulo de problemas acaba pesando diretamente no bolso dos argentinos. A expectativa é de disparada de inflação, superando as projeções iniciais. Além disso, o crescimento da economia do país neste ano deve ser menor que o previsto. O ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, admitiu que "a Argentina terá mais inflação e menos crescimento num curto prazo".
Em junho, o governo argentino assinou um acordo com o FMI de US$ 50 bilhões. A primeira parcela, de US$ 15 bilhões, foi liberada logo após a assinatura, enquanto os outros US$ 35 bilhões estavam previstos para ser liberados ao longo dos três anos de duração previstos para o acordo.
G1 // AO