O motoboy Marcos Cardoso dos Santos, de 32 anos, foi agredido na tarde desta terça-feira, 11, por agentes da Guarda Municipal durante abordagem no bairro do Caminho das Árvores, em Salvador.
O caso aconteceu durante blitz da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), na rua Alfazema. O motoboy, que estava usando farda da empresa para a qual trabalha, a transportadora Poli Express, também teve o veículo retido.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível observar na abordagem o momento em que o motociclista recebe tapas e socos de um dos guardas. Ele ainda tentou correr, mas foi alcançado pelo agente. Ao ser imobilizado, ele recebeu outro soco e caiu no chão. As agressões só terminaram com a chegada da Polícia Militar (PM-BA).
Segundo Marcos Cardoso, o desentendimento teria acontecido após ele se queixar de dor nas partes íntimas durante a revista feita pelo agente. "Ele mandou eu calar a boca para não apanhar, mas continuei falando. Aí, ele me deu um tapa no rosto".
O motoboy afirma ainda que, depois de sair correndo e gritar por ajuda, chegou a ser agredido por outros oficiais. "Veio um outro por trás e me deu um soco no ouvido. Nesse momento, eu me sentei, porém, um terceiro chegou e deu uma "bicuda" (chute) nas minhas costas, além de me agredir verbalmente, chamando de vagabundo", conta.
Por meio de nota, a Guarda Civil Municipal afirmou que o caso será investigado pela Corregedoria e que um Processo Administrativo Disciplinar será aberto para apurar os fatos. O diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência, Maurício Lima, garantiu que acompanhará pessoalmente as investigações. A Transalvador não se pronunciou sobre o caso.
CONFIRA ÍNTEGRA DA NOTA:
A Guarda Civil Municipal informa ter tomado conhecimento do sobre uma denúncia de agressão realizada durante uma blitz da Transalvador, na Rua Alfazema, Caminho das Árvores, e ressalta não compactuar com nenhum tipo de violência. O órgão solicitou que a Corregedoria faça o levantamento de todas as informações relativas à operação que estava sendo realizada, bem como dos agentes presentes.
A Corregedoria irá apurar o fato e adotar as medidas cabíveis, a partir da abertura de Processo Administrativo Disciplinar. “A Guarda Civil Municipal tem no seu propósito proporcionar conforto e segurança ao cidadão. É inadmissível comportamentos dessa natureza. Acompanharei pessoalmente as providências da Corregedoria”, afirmou o diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência, Maurício Lima.
“O norte da nossa instituição é a prevenção à violência. Todos os nossos agentes são capacitados a agirem da maneira mais cordial possível com o cidadão. Não coadunamos com nenhuma ação que venha ser evidenciada como excessiva, indicando à Corregedoria a tomada das providências cabíveis, respeitando sempre o devido processo legal e a ampla defesa para legitimar os atos processuais administrativos”, completou o inspetor-geral da Guarda, Alysson Carvalho".
A Tarde /// Figueiredo