Eleições

Reforma política aprovada pelo Congresso foi feita para impedir mudanças, diz Marina Silva

Presidenciável da Rede deu declaração durante evento com artistas no Rio.

NULL
NULL

Marina Silva conversa com artistas no Rio de Janeiro (Foto: Raoni Alves/G1)

O candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (4) que a reforma política aprovada pelo Congresso no ano passado "foi feita para que o povo não possa mudar" os representantes.

A presidenciável deu a declaração durante evento com artistas no Rio de Janeiro. Para Marina, as mudanças nas regras privilegiaram os "grandes partidos".

No ano passado, o Congresso aprovou a criação de um fundo eleitoral, abastecido com recursos públicos, no valor de R$ 1,7 bilhão. MDB, PT e PSDB ficaram com quase 37% do dinheiro, de acordo com a divisão aprovada pelos parlamentares e ratificada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A reforma politica foi feita para que o povo não possa mudar. Ela foi feita dando o dinheiro do fundo eleitoral para os grandes partidos da polarização: PT, PSDB, MDB e DEM. Ela foi feita dando tempo de televisão para os grandes partidos. Não por acaso, todos eles contrários aos trabalhos da Lava Jato", afirmou a candidata.

Marina Silva acrescentou que a sua campanha tem pouco dinheiro e tempo de rádio e televisão. "Não falo isso pra me fazer de vítima. Vítima é a nossa democracia", declarou.

Em discurso aos artistas, a presidenciável voltou a defender o fim do foro privilegiado e da reeleição para presidente, governadores e prefeitos; e limite de dois mandatos para funções no legislativo.

"O Brasil precisa viver uma transição. Um mandato de 4 anos para fazer uma transição […]. Eu quero ser a pessoa que vai fazer essa transição", disse.

Cultura e educação
A jornalistas, Marina defendeu a valorização da cultura e a integração do setor com a educação.

"Quando a gente faz essa correta integração [entre cultura e educação], as crianças aprendem mais, as escolas ganham mais e o país ganha mais. Nossa proposta é combinar orçamento e dar condições para que a produção artística cultural do nosso país possa ser incentivada", disse.

Especificamente em relação à educação, Marina afirmou que um bom ensino necessita de plano de carreira e melhor remuneração para professores, além de equipamentos adequados para escolas.

"[Precisamos] atualizar o que se ensina e o que se aprende às necessidades deste século. Transformando escolas em uma porta de entrada com muitas portas de saída", concluiu.

G1 // AO