O juiz MarceloBretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou nesta terça-feira a prisão de cinco pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro com pedraspreciosas, principalmente esmeraldas.
Em sua decisão, Bretas afirma que o esquema usou os mesmos doleiros que esconderam mais de US$ 100 milhões do ex-governador Sérgio Cabral em contas no exterior. A investigação deriva da Lava-Jato do Rio, que levou Cabral à prisão em novembro de 2016.
Além das prisões, a Polícia Federal (PF) apreendeu 580 quilos de pedras e duas esculturas, que seriam de esmeraldas, na casa de garimpeiros em Campo Formoso, norte da Bahia.
A Procuradoria da República acusa os donos da empresa Comércio de Pedras Os Ledo, sediada no Rio de Janeiro, de exportar ilegalmente esmeraldas para empresários indianos e de Hong Kong. O pagamento era feito em contas no exterior e, segundo os investigadores, movimentou US$ 44 milhões de 2011 a 2017.
Bretas decretou a prisão de Marcello de Araújo, Daisy Tsezanas, empresários à frente da Os Ledo, Neli Azevedo, tesoureira da empresa, e de Jilva Diniz e José Pequeno, supostos agenciadores de garimpos na Bahia.
O Globo // Figueiredo