Eleições

Campanha de Marina terá reforço de cineastas

Entre os apoiadores estão Fernando Meirelles, diretor de Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira.

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Crédito: NELSON ALMEIDA / AFP

Com 21 segundos dos 12 minutos de cada bloco do horário eleitoral na TV destinado aos presidenciáveis, a campanha de Marina Silva (Rede) vai apostar em vídeos autorais, “filmes” de cerca de 3 minutos, feitos por cineastas voluntários, para apresentar a candidata nas redes sociais e no WhatsApp. Entre os apoiadores estão Fernando Meirelles, diretor de Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira.

A estratégia dos “filmes” segue o tom da própria campanha, mais descentralizada e dando liberdade para que cada um dos realizadores possa apresentar sua visão da candidata, segundo o coordenador da campanha, Lourenço Bustani. “Optamos por sistemas mais horizontais, descentralizados e distribuídos, pautados em grande parte pelo voluntariado, para garantir uma riqueza de olhares, tão diversos quanto nosso próprio País”, diz Bustani.

Como a campanha neste ano será mais curta, os “filmes” devem focar especialmente no principal eleitorado de Marina – mulheres, negras, de baixa escolaridade e baixa renda, segundo a mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. Também fazem parte do projeto dos filmes autorais André D’Elia e Jorge Brivilati.

‘Você, mulher’

 

No sábado, a Rede veiculou o primeiro vídeo da candidata no horário eleitoral, em que ela diz que quer falar com “você, mulher”. Todas as inserções e vídeos para a propaganda eleitoral já foram gravados no domingo retrasado, em um estúdio. Eles vão tratar de pontos do programa da candidata, como a sustentabilidade e agricultura familiar, que passam mais ao largo do programa de TV da candidata, pela falta de tempo.

Em 18 de agosto, uma equipe de voluntários que acompanhavam a candidata no Acre fizeram um vídeo sobre a viagem. Todo em preto e branco, com uma narração no fundo, o vídeo tem uma estética diferente dos tradicionais vídeos de campanha e, apesar de não fazer parte dos projeto dos cineastas, revela uma nova abordagem para a produção audiovisual da campanha da Rede. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. // AO