Depois de apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições de 2014 e diante de acusações de pagamento de propina a Eduardo Campos (PSB), de quem foi vice na chapa naquela mesma disputa, a candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, que está precavida depois da Operação Lava-Jato.
— Eu não tenho compromisso com erros, mas hoje eu estou muito bem calçada depois da Lava-Jato — disse a candidata da Rede.
Sobre a acusação específica contra Campos, que foi citado em delações da Odebrecht e da JBS, Marina afirmou que, como ele morreu em um acidente aéreo em 2014, não tem como se defender nem como pagar, caso fosse culpado.
Foto: Reprodução
Já quanto a Aécio, a candidata da Rede disse que, com as informações que possui hoje, não teria declarado voto no tucano. Aécio é réu em ação penal, no Supremo Tribunal Federal (STF), por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Ele é acusado de receber propina de R$ 2 milhões da JBS e também de tentar atrapalhar as investigações da Lava-Jato.
Marina afirmou que, se eleita, vai governar dialogando inclusive com quem tem divergências.
— Eu vou ser um governo de transição. Durante quatro anos eu vou governar esse país para que a gente possa combater corrupção, fazer ele voltar a crescer e ser um país justo e bom para todas as pessoas — afirmou a presidenciável.
Marina destacou sua trajetória de vida — ela foi seringueira, empregada doméstica e se alfabetizou aos 16 anos:
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