Letícia Almeida falou com exclusividade ao EXTRA pela primeira vez sobre o turbilhão que se tornou sua vida desde que veio à tona a verdadeira paternidade de sua filha Maria Madalena, de 6 meses. No último dia 5 de agosto, a atriz contou em seu Instagram que o pai é, na verdade, seu ex-concunhado, Jonathan Couto, casado com Sarah, irmã de Saulo Pôncio, músico que ela namorou por dois anos
Bastante emocionada, a atriz, de 22 anos, contou em detalhes todas as fases do relacionamento e ainda sobre uma briga envolvendo a família de seu ex-namorado, no dia 20 de junho, após tentarem, segundo ela, ficarem com sua filha sem seu consentimento.
Um boletim de ocorrência foi registrado na 16ª DP da Barra da Tijuca por danos, injúria e vias de fato.
“Eles tentaram ficar com minha filha, teve uma confusão, me xingaram, xingaram meu pai, rasgaram nossas roupas. Pedi uma medida protetiva. Estou com muito medo e nem saio de casa”, relata. A seguir, Leticia dá sua versão de toda a história, que teria elementos suficientes para uma trama de novela no horário nobre.
O início
“Conheci o Saulo há quatro anos na Igreja Anabatista. Fui levada por amigos e comecei a frequentá-la. Aos poucos, me tornei um membro, conheci melhor o Saulo e sua família. O pai dele, Márcio Matos, era meu pastor. Começamos a namorar e eu estava fazendo ‘Meu pedacinho de chão’. Só que brigávamos muito. Ele era bem ciumento, não entendia minha profissão”.
“Terminamos e pouco tempo depois namorei o Pablo Morais. Fiquei três meses com ele, mas ainda gostava do Saulo. Terminei e dois meses depois, eu e Saulo voltamos a trocar mensagens e a sair”.
A relação com o concunhado
“Nós sempre fomos amigos. Eu o apresentei a Sarah. Eu estava com Saulo, não chamava de namoro, mas era um relacionamento sério apesar de não rotularmos. Eu não fui à casa dele desabafar como foi contado quando ele fazia um show em Brasília. O Saulo me pediu para ficar na casa dos pais dele à espera de sua volta. Eu conhecia todo mundo, sempre frquentei a casa deles, todos moram juntos. Dormi lá”.
“A Sarah não estava grávida nesta época. O filho dela tinha 4 meses e ela foi dormir. Fiquei na sala com amigos e com o Jonathan. Bebemos, e não lembro direito como aconteceu. Mas aconteceu. E, infelizmente, não posso apagar isso, desfazer”.
Jonathan Couto é o pai da filha de Leticia Almeida Jonathan Couto é o pai da filha de Leticia Almeida Foto: reprodução/instagram
Depois daquela noite
“Eu e Saulo estávamos bem. Não usávamos proteção no sexo. Sei que é uma idiotice, mas não usamos. Foi quando minha menstruação atrasou e falei com Saulo. Fiz o teste de farmácia e deu positivo. Contei para ele, reunimos a família dele e a minha, fizemos um exame de sangue, e a gravidez foi constatada, Foi meio chocante, eu tão nova… Mas foi um momento de muita felicidade para todos nós”.
“Os pais do Saulo me apoiaram em tudo, mas ele ficou muito estranho após o resultado do teste de gravidez… Se afastou, saía muito, não acompanhava nada. Às vezes, eu tinha que implorar para ele fazer uma foto comigo grávida para termos algo para mostrar à nossa filha. Quando eu estava com 7 meses, eu já morando na casa deles, meus sogros falaram para eu fazer um teste de DNA pra ver se Saulo se endireitava, para ele ter a noção de que ia ser pai, criasse responsabilidade. Eu topei, claro. Mas decidimos esperar a bebê nascer”.
Sarah, ex-cunhada de Leticia Almeida: ela perdoou Sarah, ex-cunhada de Leticia Almeida: ela perdoou Foto: reprodução/instagram
As investidas de Jonathan
“Depois do que aconteceu, ele me procurava insistentemente. Mandava mensagem pelo direct do Instagram de madrugada, me chamando para ver um filme, para ficar com ele. Isso na mesma casa em que ele era casado com minha cunhada. Eu dizia não. Uma noite ele chegou a entrar no meu quarto. Mas nunca pretendi ter nenhum caso com ele”.
“O que aconteceu não deveria ter acontecido e eu jamais iria querer destruir um casamento, uma família. Tentei esquecer tudo isso. Jamais passou pela minha cabeça que ele podia ser o pai da Maria”.
A tutela da menina
“Eu estava tão angustiada por tudo o que havia causado que nunca parei pra pensar na pressão psicológica que eu estava sofrendo. Eu fui levada para um flat. Até os pais do Saulo começarem a dizer que eu teria que assinar um termo passando a tutela da Madá para eles. Eles iriam criá-la. Diziam que eu não tinha condições, que eu não trabalhava, que ela teria uma boa escola e mais chances com eles. Eu estava quase assinando o termo, porque eu não queria que minha filha soubesse a verdade”.
“Meus pais não sabiam de nada, eu não contei, não falava com eles, me afastei dos amigos. Eu vivia apenas aquela rotina com a família do Saulo. Eles disseram que se eu não assinasse o termo, os pais, no caso o Saulo que registrou, e o Jonathan, o pai biológico, iriam pedir a guarda alegando que eu não poderia criá-la. Foi quando acordei”.
O começo do fim
“Voltei para a casa dos meus pais, contei tudo e decidi que não queria mais que eles vissem a Madalena. Tínhamos, sim, um acordo, de eles ficarem com ela de domingo a quinta e eu de quinta a domingo. Mas só aconteceu uma vez de a Madá ficar longe de mim”.
“Quando o Saulo postou no Instagram dele que não era o pai verdadeiro, aquilo foi uma bomba. Ele me expôs e expôs mais ainda uma menor de idade. Fiquei no chão. As pessoas começaram a me julgar e a querer saber quem era o pai. Começaram a marcar pessoas e envolvê-las numa história que nada tinha a ver com elas, como foi o caso do Pablo (Morais), que achou que pudesse ser o pai. Eu me sinto mal até hoje por ter feito o Pablo passar por isso”.
Todos para a delegacia
“No dia 20 de junho, mandei uma mensagem para a Sarah pedindo que ela deixasse a carteira de vacinação da Madá na portaria do condomínio. Eu a levaria ao pediatra na segunda-feira. Quando chegamos ao condomínio, eu, meu pai e a Madá, nosso carro foi fechado pelos carros do pastor Márcio e de seus seguranças, oito no total. Meu pai não entendeu, eu estava atrás com a minha filha na cadeirinha quando o pastor abriu a porta e tentou tirá-la. Eu comecei a gritar, o Saulo veio e tentou arrancá-la com truculência. Eu desesperada porque iriam pegar minha filha, meu pai foi contido pelos seguranças, e Saulo puxando a menina. Soltei para não machucá-la e fui atrás. Mas o Márcio gritava dizendo que a gente ia ver com quem tava lidando”.
“Pegaram o carro do meu pai e levaram para dentro do condomínio, liguei para minha advogada e quando estava no celular o Saulo veio pra cima de mim, jogo meu celular no chão, quebrou e sumiu com ele. Lá de dentro vem a mãe dele, a Simone me xingando de piranha e vagabunda. Ela partiu para cima de mim, rasgou minha roupa, vendo aquilo tudo, meu pai veio me defender e ela rasgou as roupas dele também. Chamamos a polícia e todos fomos para a delegacia. Pedi uma medida protetiva porque estou com medo”.
Como será o amanhã?
“Quando decidi publicar a verdade eu só quis evitar que mais gente fosse envolvida como estava acontecendo. As redes sociais são cruéis. Me julgaram, me xingaram. Decidi dar um basta. Nem sei se fiz certo. Não sei se me arrependo. Mas hoje todo mundo sabe a verdade e é com ela que terei que conviver. Meus amigos estão me dando força, alguns produtores me ligaram para ajudar. No momento, estou desempregada. Só cuido da Madá. Meu pai é vendedor e minha mãe dona de casa. Mas nada falta para minha filha. Olho para ela e penso: será que um dia ela vai me amar mesmo sabendo de tudo?”.
O teste de DNA
“Quando a Madá nasceu, o Saulo continuou a ter o mesmo comportamento. Ficava cinco minutos com a filha e saía de casa, só voltava no dia seguinte. Sofri bastante. Fiz o teste a pedido da minha sogra. Estávamos em Angra dos Reis, na casa que eles têm, e liguei para o laboratório porque o resultado estava demorando muito. Recebi por email e todos estavam do meu lado quando abri. Não forjei nada. Porque na hora não entendemos o que dizia. A Simone pediu para eu enviar por Whatsapp a foto do resultado. Mandei a foto e também uma imagem do Google que mostrava um resultado positivo, para que a gente comparasse. E todos nós achamos que era positivo o exame”.
“Algumas semanas depois, a Simone decidiu ir ao laboratório com Saulo. Ela sempre dizia que a gente precisava pegar a cópia para anexar à certidão de nascimento da Madá. Quando voltaram de lá, disseram que o exame tinha dado negativo. E eu não entendi nada. Nada mesmo. Fiquei desesperada, chocada. Saulo nem quis olhar na minha cara. Lógico! Me coloco no lugar dele. Entendo todo mundo”.
O pastor Márcio Matos e sua mulher, Simome O pastor Márcio Matos e sua mulher, Simome Foto: reprodução/instagram
A desconfiança
“Eu fiquei um mês sem dormir ou comer direito. estava ficando doente e amamentando. Aquilo me consumia. Não achava possível ser do Jonathan. Mas se não era do Saulo… Contei tudo para minha dentista, que é minha superamiga e ela me disse que eu tinha que contar o que tinha acontecido naquela noite. Orei uma semana, pedi a Deus uma luz. Numa madrugada, mandei uma mensagem para a minha sogra. “Tia, preciso falar algo muito sério com a senhora e se não for agora não vou ter coragem mais”. Ela desceu até meu quarto e contei tudo. Ficamos sem saber o que fazer. Ela contou para o pastor. No dia seguinte eles conversaram com o Jonathan, que confirmou tudo”.
“Até então, Sarah e Saulo não sabiam de nada. Fizemos um novo teste, meus sogros não queriam que eles soubessem porque se Jonathan não fosse o pai, ninguém precisaria saber do ocorrido. Deu positivo. A Simone (ex-sogra) pediu para eu ir para casa dos meus pais naquela noite. Contou para Sarah e Saulo. Ela chorou muito, claro. Ele ficou muito irritado. No dia seguinte, a Simone me ligou e disse que eu tinha que ir lá. Fui e ela me disse que temporariamente, para evitar qualquer atrito, que eu iria para um flat, por uns 30 dias”.
O perdão de Sarah
“A Sarah pediu para falar comigo e ver a Madá. Contei para ela o que tinha acontecido, tudo o que me lembrava. Foi muito duro para as duas. Ela chorou muito e me disse: “Eu te perdoo porque você não se envolveu com meu marido, me coloco no seu lugar, mas uma coisa eu peço: não vou aguentar ver o Jonathan registrar a Madalena. Isso vai cortar meu coração’”.
“Nunca contei a ela que ele me procurava quando eu estava grávida. Eu já me sentia culpada por tudo, por que fazê-la sofrer mais? Por que eu iria jogar essa bomba no colo dela, grávida do segundo filho? O Saulo reagiu muito mal… O pai dele o chamou e conversaram uns 40 minutos. Ele voltou, sereno, e disse que iria assumir a Madalena, mesmo não sendo filha dele. Não entendi, mas aceitei”.
“Eu estava tão angustiada por tudo o que havia causado que nunca parei pra pensar na pressão psicológica que eu estava sofrendo. Eu fui levada para um flat. Até os pais do Saulo começarem a dizer que eu teria que assinar um termo passando a tutela da Madá para eles. Eles iriam criá-la. Diziam que eu não tinha condições, que eu não trabalhava, que ela teria uma boa escola e mais chances com eles. Eu estava quase assinando o termo, porque eu não queria que minha filha soubesse a verdade”.
“Meus pais não sabiam de nada, eu não contei, não falava com eles, me afastei dos amigos. Eu vivia apenas aquela rotina com a família do Saulo. Eles disseram que se eu não assinasse o termo, os pais, no caso o Saulo que registrou, e o Jonathan, o pai biológico, iriam pedir a guarda alegando que eu não poderia criá-la. Foi quando acordei”.
O começo do fim
“Voltei para a casa dos meus pais, contei tudo e decidi que não queria mais que eles vissem a Madalena. Tínhamos, sim, um acordo, de eles ficarem com ela de domingo a quinta e eu de quinta a domingo. Mas só aconteceu uma vez de a Madá ficar longe de mim”.
“Quando o Saulo postou no Instagram dele que não era o pai verdadeiro, aquilo foi uma bomba. Ele me expôs e expôs mais ainda uma menor de idade. Fiquei no chão. As pessoas começaram a me julgar e a querer saber quem era o pai. Começaram a marcar pessoas e envolvê-las numa história que nada tinha a ver com elas, como foi o caso do Pablo (Morais), que achou que pudesse ser o pai. Eu me sinto mal até hoje por ter feito o Pablo passar por isso”.
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