O comportamento de agentes da Guarda Civil Municipal, que entraram em confrnto com professores que protestavam em frente à Secretaria Municipal de Educação (Smed), na Garibaldi, será apurada, conforme afirmou o prefeito ACM Neto, em nota divulgada à impressa nesta quarta, 8.
"Se ficar constatado qualquer excesso, deverão ser tomadas as medidas cabíveis”, afirmou o gestor municipal, acrescentando que “não se justifica que professores impeçam o acesso a prédios públicos nem tampouco reações exageradas por parte de guardas municipais”. Ele ainda afirmou que "continuamos abertos às negociações” para encerrar a greve dos docentes.
Confronto
Trabalhadores da Educação realizavam um protesto em frente à Smed, na manhã desta terça-feira, 7, quando uma confusão com as guardas municipais teve início. Os agentes utilizaram bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e armas para dispersar o protesto.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Elza Melo, classificou o episódio "terrível". "Nós estamos fazendo um movimento pacífico, de luta, e, de repente, chegou aqui uma tropa da Guarda Municipal, que se exaltou, abusou do poder, jogou bomba de gás lacrimogêneo para cima da gente, apontou arma para nós, inclusive para a cabeça de uma professora. Nós condenamos esta arbitrariedade. Isso acontecia na época da Ditadura Militar, quando os trabalhadores se levantavam para brigar pelos seus direitos", informou ela, logo após o confronto.
Em nota enviada na terça, a prefeitura informou que a confusão começou quando a Guarda Civil Municipal foi "hostilizada e agredida por mais de 150 manifestantes da APLB ao tentar garantir o acesso de servidores à sede da Secretaria Municipal de Educação… Houve empurra-empurra e arremesso de objetos contra a guarnição, que reagiu com técnicas de dispersão".
Os servidores da Educação estão em greve desde o dia 11 de julho e estavam reunida para reivindicar reajuste linear, avanço de nível e melhorias para o sistema educacional de Salvador.
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