O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 23 pessoas em decorrência das operações Fatura Exposta e Ressonância, que investigam corrupção e fraude de licitação na Saúde do Estado do Rio, em especial o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Dentre eles, estão o ex-secretário Sérgio Côrtes e o executivo da General Electric Daurio Speranzini Junior.
Na nova fase, o Ministério Público Federal se debruça sobre grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel. No início de julho, foram 20 presos na operação Ressonância. Delatores dão conta de que havia um "clube do pregão internacional" e que as fraudes prosperaram entre 1996 e 2007.
Os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, alguns dos principais fornecedores de equipamentos da área médica no Estado, já haviam sido presos e também foram denunciados.
São investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, havia interesse de multinacionais em manter a direção do Into, em volta do qual criou-se o cartel para direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento do Instituto.
Em outro processo, como mostrou o RJTV de terça-feira (8), Côrtes e a mulher viraram réus por corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Os denunciados:
Sérgio Côrtes
Miguel Iskin
Gustavo Estelita
Marco Antônio Guimarães Duarte de Almeida
Marcus Vinicius Guimarães Duarte de Almeida
Gaetano Signorini
Luiz Sérgio Braga Rodrigues
Márcia de Andrade de Oliveira Cunha Travassos
Wlademir Rizzi
Adalberto Rizzi
Antonio Aparecido Georgete
Ivan Consoli Ireno
Frederik Knudsen
Daurio Speranzini Junior
Ermano Marchetti Moraes
Julio Cezar Alvarez
Norman Pierre Gunther
Devanir Aparecido de Oliveira
Jair Vinnicius Ramos da Veiga
Andre Luiz Loyelo Barcellos
Luis Carlos Moreno de Andrade
João da Luz
Rafael Magalhães
G1 // AO