Professores de Salvador foram agredidos por guardas municipais durante protesto em frente à Secretaria Municipal da Educação, na Avenida Anita Garibaldi, no bairro de Ondina, na capital baiana, na manhã desta terça-feira (7). Armas foram apontadas em direção aos trabalhadores, que também foram atingidos por spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Em entrevista, a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Elza Melo, detalhou a situação. Veja vídeos ao final da matéria.
“Aconteceu um absurdo aqui. Estamos fazendo um movimento ordeiro, democrático. A tropa da Guarda Municipal jogou bomba de gás, apontou arma. Um absurdo. Um chefe de segurança que iniciou esse processo, queremos fazer essa denúncia mesmo. Em vez de tratar de forma democrática, eles agem fazendo esse absurdo. Não aceitamos esse tipo de comportamento. A gente recebeu muita bomba de gás”, detalhou.
Apesar da situação, ninguém ficou gravemente ferido. A reportagem entrou em contato com a assessoria da Guarda Municipal, que vai investigar o caso.
Na segunda-feira (6), os professores votaram pela manutenção da greve em assembleia realizada no Ginásio dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos. A paralisação já dura 27 dias.
A categoria volta a se reunir em mais uma assembleia para discutir o rumo das negociações, na quinta-feira (9), na quadra do Sindicato dos Bancários.
Os docentes pediam reajuste salarial de 12,41% e desceram a proposta para 6,5%. Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) ofereceu 2,5%, que não é aceito pela categoria. Os professores também pedem 10% no auxílio-alimentação e eleição do diretor escolar – em vez de indicação da secretaria.
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