Brasil

MPF divulga lista de páginas removidas do Facebook

No documento enviado ao MPF, o Facebook afirma que 'essas páginas e contas faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas'.

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O Ministério Público Federal (MPF) de Goiás divulgou ontem a lista das 196 páginas e 87 perfis removidos do Facebook no último dia 25 de julho. As contas foram excluídas da plataforma após uma investigação da empresa que identificou violação da política de autenticidade da rede social. Uma reportagem da agência de notícias Reuters apontou envolvimento de parte das páginas deletadas com o Movimento Brasil Livre (MBL).

No documento enviado ao MPF, o Facebook afirma que “essas páginas e contas faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas”. A divulgação da lista foi motivada por um pedido do procurador da República Ailton Benedito. “Pelo grande interesse da sociedade nos fatos em apuração, o MPF dá publicidade e transparência às investigações e à lista recebida do Facebook”, disse o procurador.

Regionais

Entre os nomes listados, estão quatro páginas regionais do MBL e três páginas de apoio ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. Também há páginas que simulam nomes de veículos de imprensa, como “G1 – O Portal de Notícias”.

No Twitter, o vereador de São Paulo e coordenador nacional do MBL, Fernando Holiday (DEM), ironizou o fato de que alguns nomes da lista não têm títulos relacionados à política, como “Top Animes Forever” e “Vagas de Emprego”.

Outro líder do movimento, Renan Santos, também fez piada com as páginas removidas em um vídeo no Facebook. Santos teve seu perfil pessoal removido pela plataforma.

Inicialmente, o Facebook havia divulgado que as contas excluídas faziam parte de uma rede que “escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. Na ocasião, o Movimento Brasil Livre divulgou nota alegando perseguição ideológica da empresa e afirmou que as páginas desativadas somavam 500 mil seguidores. 

Estadão Conteúdo // ACJR