A Odebrecht Engenharia & Construção (OEC) definiu meta de conquistar uma carteira de cerca de 18 bilhões de dólares em projetos no Brasil e no exterior nos próximos dois anos, enquanto avança na preparação para listar ações em bolsa até o início de 2020, disse o presidente da companhia, Fabio Januário. As informações foram publicadas pela revista Exame. “Nossa meta é ganhar uma cada quatro concorrências de que participarmos”, disse Januário em entrevista à Reuters.
O plano da OEC também avalia atrair um sócio estrangeiro estratégico como forma de diminuir a dependência do setor de óleo e gás, disse o executivo. A empresa também reduziu seu quadro de pessoal de 100 mil para 35 mil funcionários atualmente.
Segundo Januário, a recuperação dos preços das commodities e o aumento da capacidade de investimento no Brasil, num cenário de aprovação de reformas como a da previdência no começo de 2019, podem criar um cenário mais promissor para retomada de obras, principalmente do governo federal.
Após ter assinado acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral em julho para ressarcir a União por desvios de recursos, a OEC pretende concluir acordos similares em todos os demais mercados onde atua até o final do ano, que a permita concentrar todos os esforços na recomposição da carteira de projetos. Uma primeira consequência desse movimento foi a suspensão do bloqueio para prestação de serviços à Petrobras, no mês passado, o que deve ser oficializado nas próximas semanas.
Além do Brasil, a OEC já fez acordos com Equador, Panamá, Guatemala e República Dominicana e Estados Unidos. As operações da OEC também incluem Venezuela, Angola, Colômbia, México, Argentina, Peru, Portugal e Moçambique.
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