O programa de governo do Partido dos Trabalhadores (PT), que deve ser concluído na semana que vem, considera usar parte das reservas externas em dólares do País para fazer frente ao rombo nas contas publicas. Foi o que disse nesta segunda-feira, 30, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ao chegar à sede do Banco do Brasil, na avenida Paulista, onde fica o escritório representativo do Ministério da Fazenda.
Haddad, que está reunido com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse ser preferível lançar mão de parte das reservas a ter que aumentar impostos.
"Em 2002, a crise também era grave, o dólar chegou ao patamar de R$ 4,00 e o presidente Lula não aumentou impostos. E não tínhamos reservas", disse acrescentando em resposta ao Broadcast que o programa do PT considera a utilização de uma pequena parte das reservas.
O ex-prefeito disse que foi convidado por Guardia e Ilan para conversarem sobre a situação econômica do País e que não poderia recusar o convite. "A equipe econômica tem feito reuniões com os representantes dos candidatos justamente para apresentar o quadro da economia brasileira para orientar o debate. Eu acho proveitoso que se faça isso para que as pessoas tomem conhecimento com transparência do que está acontecendo e cada candidato, evidentemente, vai apresentar sua solução", disse Haddad, para quem o convite é muito adequado para esse momento de transição.
Estadão // AO