Um dos maiores goleiros da história do futebol, Gianluigi Buffon foi apresentado nesta segunda-feira como novo reforço do Paris Saint-Germain. Aos 40 anos, ele atuará fora da Itália pela primeira vez na carreira, após 17 temporadas na Juventus, e não escondeu a empolgação com o “novo desafio”.
“Eu sempre procurei por novos desafios. Hoje, fiz meu primeiro treino em Paris. Foi legal me comunicar e ouvir uma nova língua. Esses são grandes momentos para viver neste novo ambiente”, declarou. “Chego com o entusiasmo de uma criança, um novo entusiasmo. Temos energia.”
Buffon negou que tenha sido contratado para ser titular absoluto e considerou que parte do novo desafio será brigar por posição com Areola e Trapp. “Todo mundo quer ter um papel importante no time. Eu vou dar o meu melhor para que possamos fazer o nosso melhor. Quero provar que ainda sou um grande goleiro.”
Buffon chega ao PSG já em estágio final de carreira, após se aposentar da seleção italiana, e com uma trajetória repleta de títulos. Pela Juventus, foram nove conquistas do Campeonato Italiano, quatro da Copa da Itália e outras cinco da Supercopa Italiana. Com a seleção italiana, o troféu de campeão do mundo em 2006.
O goleiro, porém, nunca venceu a Liga dos Campeões, assim como seu novo clube, que tem o título do torneio como maior sonho. Apesar disso, Buffon garantiu: “Esta nova aventura pode me ajudar a progredir como homem e jogador, vai haver ambição por resultados, mas a Liga dos Campeões não é uma obsessão”.
Quando anunciou que deixaria a Juventus, muitos pensaram que Buffon estava se despedindo do futebol. O jogador, porém, garantiu que já vinha acompanhando o Paris Saint-Germain há um longo período e que inclusive buscou informações sobre o time com um companheiro na Itália, que já atuou no clube francês.
“Eu acho que o PSG é o clube que eu mais vinha acompanhando nos últimos anos. Eu estava curioso para ver o que ele poderia dar. Leva tempo para concluir grandes ambições”, considerou. “O Blaise (Matuidi) é uma pessoa incrível. Tenho carinho, uma empatia muito grande por ele, que me encorajou para vir e me disse que Paris precisava de alguém como eu.”
Fora da Copa do Mundo após a queda de sua Itália nas Eliminatórias, Buffon ainda apostou na França como campeã do torneio. “Acho que a seleção francesa vai até o fim nesta Copa do Mundo. Eles têm um excelente técnico”, considerou, exaltando Didier Deschamps.
Estadão Conteúdo // ACJR