As águas de poços artesanais das cidades de Caitité e Lagoa Real (distantes 714 km de Salvador) estariam contaminadas por urânio, de acordo com a reportagem do jornal O Estado de São Paulo. O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinaram a suspensão imediata do consumo da água destes poços.
De acordo com o Estadão, a situação foi comprovada através de documentos oficiais, laudos técnicos e despachos envolvendo as atividades de extração do material, que são de responsabilidade das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), uma empresa estatal.
Ainda de acordo com a reportagem, a INB fez duas coletas em um poço na região: uma em outubro de 2014 e outra em março de 2015. Os resultados atestaram que a quantidade de urânio na água estava acima do limite permitido pelo consumo humano, de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
A INB só teria emitido os resultados destas coletas somente em maio e não teria notificado o Ministério do Meio Ambiente (MMA), nem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
De acordo com as Indústrias Nucleares do Brasil, a área em que o poço está localizado não é de responsabilidade do órgão. Contudo, segundo o Estadão, um documento que está disponível na Internet comprova que a INB avisou a uma família que mora no local que a água estaria contaminada.
(Foto: Reprodução / Blog do Glauber)