A elevada emissão de títulos prefixados e atrelados à Selic – juros básicos da economia – fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir 1,59% em maio e ultrapassar a barreira de R$ 3,7 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, a DPF encerrou o mês passado em R$ 3,717 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) Interna (DPMFi), em circulação no mercado nacional, subiu 1,40%, passando de R$ 3,524 trilhões para R$ 3,574 trilhões. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 20,1 bilhões a mais do que resgatou. Além disso, o estoque subiu por causa da apropriação de juros, que somou R$ 29,48 bilhões.
A apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida, conforme o indexador de cada papel.
A forte alta do dólar fez a Dívida Pública Externa subir 6,62% em maio. O estoque passou de R$ 134,09 bilhões para R$ 142,97 bilhões, motivado principalmente pela alta de 7,35% na moeda norte-americana ocorrida no mês passado.
Apesar da alta em maio, a DPF continua abaixo das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões.
Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
Agencia Brasil // AO