Polícia

'Bala não foi de raspão', diz ator ferido em ação policial na BA; grupo de teatro divulga manifesto em Salvador

Manifesto de outros atores, colegas de trabalho da vítima, ocorreu na manhã desta quinta-feira (14)

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Atores do Bando do Teatro Olodum escreveram um manifesto e o leram nesta quinta-feira (Foto: Maiana Belo/G1 BA)

O ator Leno Sacramento, de 42 anos, do Bando de Teatro do Olodum, escreveu em uma rede social que o tiro que o atingiu durante uma ação policial, em Salvador, não foi de raspão.

A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a situação. Na manhã desta quinta-feira (14), a polícia detalhou que, em depoimento, o policial envolvido na ação disse que atirou para o chão e os estilhaços atingiram a perna de Leno. O policial investigado, disse, ainda em depoimento, que Leno não parou quando ele pediu que o ator parasse.

O ator contestou a versão do policial na postagem e escreveu que ficou parado quando ouviu o comando dos policiais para que ele e o amigo, que estavam de bicicleta, parassem.

"Meus, meus!…Leno Sacramento presente, vivo… Eu já estou bem fisicamente, mas não psicologicamente, agradeço pela força, carinho, energia, enfim… Peço desculpas hoje por estar muito emocionado e não falar tudo que preciso falar… Mas não se preocupem, não me calarei, não nos calaremos, Ah! A bala não foi de raspão e quando eles pediram pra parar, paramos", escreveu.

Diante da abordagem policial feita a Leno e ao cenógrafo Garley Souza, integrantes do Bando de Teatro Olodum, do qual Leno também participa, escreveram um manifesto que foi lido na manhã desta quinta-feira, no Passeio Público, onde funciona o Teatro Vila Velha, em Salvador.

Leno Sacramento, ainda com curativos na perna, e Garley Souza, que não foi ferido, compareceram ao local onde o manifesto foi lido, mas nenhum dos dois falaram sobre a situação. O advogado do Bando de Teatro Olodum, Cleifson Dias, disse que as vítimas devem falar após depoimento à polícia, que está previsto para sexta-feira. "Leno está muito abalado psicologicamente", enfatizou o advogado.

G1 // AO