Brasil

Grupos de whatsapp são principais vetores para golpes na internet via fake news

Campanha do TRE-BA, realizada por meio de uma parceria entre a Ouvidoria e Corregedoria do órgão, pretende alertar o cidadão quanto aos conteúdos falsos espalhados pela internet

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TRE-BA fake news

Os grupos de whatsapp são a principal porta de entrada para propagação de notícias falsas, as chamadas fake news, e golpes na internet. O assunto é tema do novo vídeo da campanha do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), por meio de uma parceria entre a Ouvidoria e Corregedoria do órgão, que tem o objetivo de alertar o cidadão quanto aos inúmeros conteúdos falsos espalhados pela internet.

Conforme pesquisa realizada pelo grupo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), os grupos de whatsapp são os maiores vetores de disseminação das fake news, uma vez que – facilmente – permitem alcançar um grande número de pessoas.

De acordo com o juiz ouvidor do TRE-BA, Rui Barata Filho, os cidadãos precisam ter consciência de seu papel diante do combate às fake news. “Todos nós precisamos analisar as consequências de um compartilhamento, seja via whatsapp ou por rede social, pois poderá acarretar consequências que podem atingir a honra de pessoas de conduta reta e ilibada, provocando, inclusive, possíveis reparações na esfera moral ou, até mesmo, na material, trazendo assim, manchas de difícil remoção, não só a indivíduos, como também a figuras públicas no meio político”, afirmou.

Em ano eleitoral, a tendência é o aumento de notícias falsas nas redes sociais. Com isso, o TRE-BA alerta o eleitor para que, ao receber qualquer informação relacionada a candidatos, partidos políticos ou de qualquer outra esfera, faça uma pesquisa para confirmar a veracidade do conteúdo. Caso seja falso, evite compartilhar. Apague a mensagem ou imagem e alerte à pessoa que encaminhou sobre os riscos de disseminar informações inverídicas.

Propagar notícias falsas gera responsabilidade ao emissor, inclusive no âmbito criminal, podendo levá-lo, a depender do caso, a responder por injúria, difamação ou calúnia, com penas que vão desde a detenção e multa, além da responsabilização civil, gerando indenizações por danos morais.

Recentemente, o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, e representantes de partidos políticos, assinaram um termo de compromisso contra a disseminação das fake news nas Eleições Gerais de 2018. Pelos termos do acordo, os partidos políticos signatários “se comprometem a manter o ambiente de higidez informacional, de sorte a reprovar qualquer prática ou expediente referente à utilização de conteúdo falso no próximo pleito”, atuando como colaboradores contra a proliferação de notícias falsas nas eleições de outubro.

TRE // AO