O presidente Michel Temer declarou nesta quinta-feira, em entrevista à TV Brasil, que as denúncias contra ele são uma tentativa de “esquartejamento político e moral” visando desmoralizar o governo.
Temer é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o que apura o suposto pagamento de suborno para a edição de um decreto sobre portos.
O outro inquérito está relacionado ao repasse de 10 milhões de reais da construtora Odebrecht ao MDB.
“Há um certo esquartejamento político e moral que se faz em relação ao presidente da República. Eu lamento dizer que este não é um movimento investigativo. É um movimento político, é uma questão política com vistas a desmoralizar o governo com gestos ilegais”.
Na entrevista, Temer criticou os pedidos de prorrogação das investigações acatados pelo Supremo. “Por que se pede a prorrogação? Porque o sujeito pesquisa, pesquisa, pesquisa o objeto do inquérito e verifica que não há nada. Então, ele quer pedir uma nova prorrogação e foge do objeto do inquérito”.
Temer se disse “vilipendiado” com investigações que “buscam coisas de 1998 (…) arquivadas várias vezes”.
“Isto é insuportável, mas interessante. Isso não paralisa o governo. Estas coisas tentam desmoralizar o governo, mas ao contrário de me desvitalizar, me vitaliza. Por isso que nós continuamos”, declarou o presidente.
AFP // AO