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Itamaraty pede para homossexuais evitarem gestos de afeto na Copa

Rússia tem lei de 'propaganda gay' desde 2013 e que pode render até deportação

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Ativistas protestam em São Petersburgo após lei contra a exibição de símbolos LGBT entrar em vigor em toda a Rússia, no ano de 2013

 

O Itamaraty e o Ministério do Esporte lançaram nesta quinta-feira (7) o Guia Consular do Torcedor Brasileiro que for à Copa do Mundo. Entre várias recomendações, fizeram um alerta especial à comunidade LGBT. 

A recomendação é para que não haja demonstrações públicas de carinho na Rússia. Isso envolve beijar e andar de mãos dadas por exemplo.

"Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas 'propagandas de relações sexuais não tradicionais feita a menores' e enquadras em lei (junho de 2016) que prevê deportação", diz o documento.

Na realidade, a lei está em vigor desde junho de 2013. Ela proíbe manifestações LGBT em locais públicos onde crianças possam estar presentes.

Entre os banimentos estão paradas de orgulho gay e distribuição de materiais que divulguem relações entre pessoas do mesmo sexo. Pesquisa de 2013 conduzida pelo Centro Russo de Estudo de Opinião Pública apontou que 90% dos entrevistados eram favoráveis à lei.

Relação sexual entre pessoas do mesmo sexo não é crime na Rússia desde 1993, mas reações homofóbicas ainda são comuns e mais acentuadas em regiões como a Chechênia, por exemplo, de maioria muçulmana.

 

Folha /// Figueiredo