Economia

Petróleo amplia perdas com possibilidade de ampliação da oferta

A Arábia Saudita, líder informal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), recentemente sinalizou desejo de relaxar as restrições do atual acordo que ajudou a reequilibrar o mercado da commodity.

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Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, ampliando perdas recentes, à medida que investidores aguardam decisão de grandes produtores sobre a possível ampliação de sua oferta.

Às 8h35 (de Brasília), o barril do Brent para agosto caía 1,69% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 74,02, enquanto o do WTI para julho recuava 0,60% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 64,36.

A Arábia Saudita, líder informal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), recentemente sinalizou desejo de relaxar as restrições do atual acordo que ajudou a reequilibrar o mercado da commodity.

Desde o começo do ano passado, Opep e dez grandes produtores que não pertencem ao cartel, incluindo a Rússia, vêm reduzindo sua oferta combinada em torno de 1,8 milhão de barris por dia, numa tentativa de impulsionar os preços do petróleo.

No próximo dia 22, durante reunião em Viena, Opep e parceiros irão reavaliar a possibilidade de aumentar sua produção. Em princípio, os termos do acordo seriam mantidos até o fim de dezembro.

“O tema dominante para o Brent é a futura reunião da Opep e a perspectiva de oferta maior que será discutida e decidida na reunião”, comentou Carsten Fritsch, analista de petróleo do Commerzbank.

Enquanto o Brent tem sido relativamente sustentado pelo aperto na oferta global, o WTI vem sendo pressionado por uma forte expansão na produção dos EUA, capitaneada pela indústria de óleo de xisto. Dados oficiais mostraram que a produção americana atingiu recorde de 10,47 milhões de barris por dia na semana encerrada em 26 de maio.

No fim da tarde de hoje, às 17h30 (de Brasília), a atenção vai se voltar para pesquisa semanal do American Petroleum Institute (API) sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA. O levantamento oficial, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) e que inclui números de produção, está programado para amanhã.

Fonte: Dow Jones Newswires // ACJR