Em meio à retomada do abastecimento no país com a volta dos caminhoneiros às estradas, o governo faz, na manhã de hoje (1°), mais uma reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento, no Palácio do Planalto.
Nos últimos dias o governo vem avaliando que a chegada de produtos e combustíveis aos consumidores caminha para a normalidade. Os ministros têm discutido também medidas para punir pessoas que agiram com o intuito de impedir a volta dos caminhoneiros às estradas e empresas que tenham praticado locaute.
Outra preocupação é garantir que o desconto no preço do diesel chegue ao consumidor. Ontem (31), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que os postos que não repassarem aos consumidores o desconto de R$ 0,46 no litro do óleo diesel poderão ser punidos. A decisão de congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba foi uma das medidas tomadas pelo governo para atender as reivindicações dos caminhoneiros na negociação pelo fim da paralisação.
Padilha informou que o governo vai firmar um acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) para garantir o repasse do desconto. Quem descumprir o acordo pode ser multado em até R$ 9,4 milhões, sofrer suspensão temporária das atividades, interdição dos estabelecimentos e até mesmo cassação da licença.
No acordo fechado com representantes dos caminhoneiros durante as negociações, o governo concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.
Participam da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen; o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun; o ministro substituto da Justiça, Claudemir Brito; o ministro da Defesa, general Silva e Luna; a advogada-geral da União, Grace Mendonça; o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro; o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki; e o ministro de Direitos Humanos, Gustavo Rocha.
Essa pode ser a última reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento que foi instituído de forma emergencial.
Agencia Brasil // AO