O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) arrolou o senador licenciado e atual secretário de Educação da Bahia, Walter Pinheiro (sem partido), como uma de suas testemunhas no processo que sofre no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
O pedido consta na defesa do emedebista, entregue à Casa por escrito no dia 24 de maio, prazo limite previsto no rito da denúncia apresentada pelos partidos PSOL e Rede – o Conselho tentou notificar Lúcio por mais de cinco vezes, mas, após não conseguir, foi obrigada a publicar o ato diretamente no Diário Oficial do Legislativo.
Segundo o documento, a indicação de Pinheiro como testemunha tem o objetivo de “demonstrar a inocorrência de atos antecedentes de corrupção”.
O senador licenciado foi relator da Medida Provisória (MP) 613, que concedeu desonerações de tributos à indústria química e petroquímica.
Lúcio é acusado de ter recebido R$ 1 milhão em propina da Odebrecht para ajudar na aprovação da medida, como forma de beneficiar a Braskem, braço petroquímico da empreiteira. A acusação consta em delação de executivos da empresa à Procuradoria-Geral da República (PGR). Por causa dessa denúncia é que Lúcio se tornou alvo do processo no Conselho.
Além da representação, o emedebista está sendo investigado em inquérito. Além de Pinheiro, foram indicados pelo parlamentar também o ex-prefeito de Canavieiras, Almir Mello (MDB), e o vice-prefeito de Itabuna, Fernando Vita (MDB).
Bahia Noticias // AO/ Figueiredo