Bahia

Feira de São Joaquim tem escassez de alimentos

Comerciantes da maior feira de Salvador relatam prejuízo, falta de produtos e baixa no número de clientes.

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Diversos boxes da feira permanmecem fechados nesta terça (Foto: Itana Alencar/G1 Bahia)

Um dos centro comerciais populares mais importantes de Salvador, a Feira de São Joaquim, na região de Água de Meninos, amanheceu com o comércio quase parado nesta terça-feira (29). Desde que começou a greve dos caminhoneiros, há nove dias, o movimento de abastecimento e de procura por mercadorias caiu consideravelmente, como apontam os feirantes.

A comerciante Edineide Rodrigues, que atua no local há 25 anos, conta que nunca presenciou esse esse tipo de situação antes.

"Primeira vez na minha vida que eu vejo uma coisa dessas. O comércio parou completamente. Se daqui pra essa semana não normalizar, não sei o que vai ser da gente. A gente passa por dois sofrimentos: a falta de cliente e de abastecimento", disse.

Outro comerciante do local, Almir Pita diz que a falta do que vender consequentemente se transforma na falta de dinheiro para manter a família.

"A gente tem passado dificuldade, porque falta tudo. Tempero, carne, frutas, ninguém tem nada pra trabalhar. Nós aqui somos autônomos. Se a gente não vende, não entra dinheiro e complica nossa situação", avalia.

Além da escassez de produtos, os vendedores contam que, quando os poucos caminhões conseguem chegar na feira, os feirantes aindas precisam disputar entre eles.

"Quando as coisas chegam, o pessoal vai todo em cima correndo, porque senão não tem o que vender. Eu sou pequeno comércio e acabo perdendo essa briga. Hoje eu não vendo as mesmas coisas que vendia antes de começar a greve, porque não tenho condições de comprar", pontua a vendedora de frutas Edinalva Santos.

G1 // AO