Em nota sobre a greve dos caminhoneiros, a Polícia Federal informou nesta sexta-feira, 25, que ‘já está investigando a associação para prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transporte e outros serviços públicos’. A manifestação da PF foi divulgada após pronunciamento do presidente Michel Temer (MDB) em rede nacional.
Temer anunciou um plano de segurança para enfrentar o ‘grave desabastecimento’. Na avaliação do presidente, há uma ‘minoria radical’ atuando. Caminhoneiros autônomos fazem uma paralisação em todo o País desde segunda-feira, 21, contra os aumentos seguidos nos preços do diesel. A categoria pede que uma série de reivindicações apresentadas ao governo federal sejam atendidas.
Por causa dos reajustes diários no diesel, os caminhoneiros dizem estar no limite dos custos. Nos últimos 12 meses, o preço do combustível na bomba subiu 15,9%, valor bem acima da inflação acumulada em 12 meses, em 2,76%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na noite de quinta-feira, 24, o governo anunciou um acordo com caminhoneiros.
Pressionado pelo início de um “apagão” nos transportes, no abastecimento e na produção, o governo concordou em criar um novo gasto público, na forma de subsídio, para permitir que os preços do diesel sejam reajustados apenas a cada 30 dias. Para isso, o governo solicitará ao Congresso um crédito extraordinário de R$ 4,9 bilhões para este ano. O dinheiro sairá do cancelamento de outras despesas, que não foram especificadas.
Estadão // AO