Bahia

Ceasa em Simões Filho tem abastecimento 20 vezes menor com greve de caminhoneiros

Categoria está no 5º dia de mobilização nacional, realizando bloqueios em rodovias de todo o país.

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Ceasa de Simões Filho tem baixo movimento, falta de mercadoria e alta de preços, por conta da greve dos caminhoneiros (Foto: Juliana Almirante/G1 Bahia)

Com a greve de caminhoneiros e os consequentes bloqueios de rodovias em todo o país, o Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, teve nesta sexta-feira (25) abastecimento 20 vezes menor do que a média. O espaço, que em dias normais recebe 400 caminhões, nesta sexta teve apenas 20.

Segundo os vendedores do local, os produtos pararam de chegar desde a quarta-feira e, nesta sexta, a situação ficou pior. A carga de banana da prata e de ovos já acabou no Ceasa, enquanto a de batatas está prestes a terminar. O preço do saco da batata subiu de R$ 60 para até R$ 500, uma alta de 833%. Os preços do tomate e da cebola subiram 28% e 10%, respectivamente.

De acordo com a gerente de mercados Cristiane Skautera, o Ceasa de Simões Filho abastece mercados em Salvador e em toda a região metropolitana. "Agricultores de todo o estado e também de outros estados trazem os produtos para o Ceasa", explica. Cerca de 90% do que é vendido é hortifruti, mas o mercado também vende grãos e cereais.

Ao todo, são 14 galpões com 833 vendedores, que atuam como permissionários do mercado. Muitos galpões estavam de portas fechadas nesta sexta-feira, enquanto os que se aventuraram a abrir minguavam com a falta de produtos.

Os vendedores relatam que a carga de alimentos que esperavam para vender no Ceasa acabou retida em pontos das estradas e, por conta disso, ficaram sem mercadoria para vender. Os produtos que conseguiram chegar foi pelo ferry-boat, em Salvador, que foram desviados de bloqueios.

Os caminhoneiros Alex Oliveira dos Santos e Luciano Oliveira, que saíram de Sergipe, chegaram no Ceasa desde a quarta-feira e não conseguiram sair. Ele diz que o acordo proposto pelo governo ainda não atende às necessidades da categoria.

"Melhor ficar por aqui, não temos escolha. Querem abaixar o preço do combustível só por 15 dias, depois aumentar de novo. Não vai adiantar nada", critica.

G1 // AO