A defesa do empresário Wesley Batista, do Grupo J&F, também pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine a abertura de uma conta judicial bancária para que ele deposite os valores combinados em seu acordo de delação premiada. Assim como o irmão, Joesley Batista, Wesley deve pagar R$ 110 milhões em multa. Os pedidos dos executivos são feitos enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) espera uma decisão de Fachin sobre o pedido de rescisão dos acordos de executivos da J&F.
A PGR rescindiu a delação de Joesley, Wesley, e dos ex-executivos Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. Mas, para que os acordos percam os seus efeitos, é preciso que Fachin homologue a rescisão. Se aproxima, por outro lado, a data de pagamento da primeira parcela das multas combinadas pelos irmãos Batista em seus acordos, o que acontece no próximo dia 1º de junho. Os valores, R$ 110 milhões de cada um, serão pagos no prazo máximo de dez prestações anuais, devendo o saldo devedor ser corrigido pela inflação oficial (IPCA), a partir do dia de vencimento da primeira parcela.
Termos dos acordos de Joesley e Wesley definem que, dos valores acertados, 80% serão destinados à União e 20% ao ressarcimento dos bens jurídicos prejudicados pelo crime de lavagem de dinheiro. Rescisão. Em dezembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou o requerimento de rescisão das colaborações premiadas de Joesley e Ricardo Saud. A decisão havia sido tomada em setembro pelo então procurador-geral Rodrigo Janot. Na semana passada, a procuradora-geral endossou a solicitação em torno de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva. Leia mais no Estadão.
Estadão // AO