A campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, em 2014, teve conteúdos propagados por perfis ligados à Rússia e ao leste europeu.
Essa foi uma das descobertas de pesquisadores da FGV, que analisaram sub-redes de perfis automatizados, os chamados robôs, durante as eleições naquele ano. A informação foi antecipada pela revista "Veja".
Os pesquisadores identificaram manualmente 24 perfis do leste europeu atuando na campanha do tucano, responsáveis por 14.440 interações no Twitter.
O estudo aprofunda a pesquisa divulgada no último ano pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP) da FGV, que mostrou a interferência de robôs em momentos decisivos da disputa pela Presidência, como os debates na Globo, em que perfis automatizados responderam por cerca de 20% das interações no Twitter de apoiadores de Dilma Rousseff (PT), Aécio e Marina Silva (ex-PSB, hoje Rede).
A assessoria de Aécio negou que tenha utilizado robôs durante a campanha ou autorizado qualquer empresa ou pessoa a utilizar perfis automatizados.
Metro1 // AO