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Investigados na 'Xeque-Mate' custam R$ 103 mil por mês para prefeitura de Cabedelo, PB

Presos e afastados continuam recebendo salários. Operação foi deflagrada em abril, pela Polícia Federal.

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Prefeito de Cabedelo (PB), Leto Viana, foi encaminhado à sede da Polícia Federal, na Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Prefeito e vereadores afastados e presos na Operação Xeque-Mate provocaram um aumento de pelo menos R$ 100 mil na folha de pagamento da prefeitura de Cabedelo, região da Grande João Pessoa. A operação foi deflagrada no mês de abril pela Polícia Federal e Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública da cidade.

Entenda como a 'Xeque-Mate' derrubou prefeito e vereadores de Cabedelo
O prefeito Leto Viana e quatro vereadores continuam presos preventivamente, em regime fechado. Apenas um parlamentar, Júnior Datele, foi solto e cumpre medidas cautelares. Outros cinco vereadores afastados desde o dia da operação, 3 de abril, ainda continuam longe das suas funções.

Esses parlamentares, apesar de presos ou afastados, continuam recebendo os salários. Só na Câmara, o salário de vereador é de R$ 8 mil, enquanto o de presidente é de R$ 12 mil. Com os afastamentos, esses valores são multiplicados pelo número de suplentes que assumiram os cargos de políticos presos.

São nove suplentes de vereadores recebendo R$ 8 mil de salário. Outros nove presos ou afastados também continuam recebendo o salário de mesmo valor. Dois presidentes da Câmara, um preso e um substituto, recebem cada um R$ 12 mil. E dois prefeitos, o interino, Vítor Hugo, e o preso, Leto Viana, continuam recebendo R$ 19 mil.

São R$ 103 mil sacados dos cofres de Cabedelo para pagar o salário de todos os afastados. São R$ 84 mil do legislativo e R$ 19 mil do executivo. No total, a Câmara desembolsa por mês R$ 204 mil para os parlamentares em exercício e para os afastados.

Segundo a presidente da Câmara, Geusa Ribeiro, para o impacto na folha não ser maior, alguns cargos foram extintos. “Economizamos R$ 177 mil. É legal perante a lei que eles recebam suas remunerações”, explicou.

G1 // AO