Política

Saída de Joaquim Barbosa embaralha disputa presidencial e dá ânimo a Alckmin, Ciro e Marina

Ex-ministro do STF tinha 10% das intenções de voto no último Datafolha

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A mais indefinida disputa presidencial desde a redemocratização sofreu nova reviravolta nesta terça-feira. A retirada de cena do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa pode redirecionar todos os movimentos de alianças e composições em curso entre partidos e candidatos.

O PSB, com 45 segundos de tempo de televisão, volta a ser um parceiro cobiçado — além do próprio apoio pessoal do ex-ministro, que pensa ficar neutro. Com 10% das intenções de voto sem entrar na campanha, Joaquim Barbosa era uma ameaça para quem precisa crescer nas pesquisas — casos de Marina e, principalmente, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Na campanha do tucano, a notícia foi recebida com otimismo. Primeiro, pela avaliação de que a presença de Barbosa poderia estar impedindo o crescimento do ex-governador de São Paulo. Herdar ao menos uma parte do eleitorado do ex-ministro também pode fazer o tucano vencer desconfianças de potenciais aliados e destravar a negociação de novos apoios à sua candidatura.

Ainda que tenha descartado, no início da disputa eleitoral, compor chapa com Barbosa, Marina Silva espera ser o destino natural de eleitores que identifiquem nela um perfil parecido com o do ex-ministro. Já Ciro imagina que possa se beneficiar de uma inclinação mais à esquerda do PSB, na melhor hipótese até recebendo o apoio formal do partido.

 

O Globo ///  Figueiredo