Bahia

Casas são condenadas após desabamento de imóvel no Rio Vermelho

Engenheiros da Defesa Civil de Salvador (Codesal) solicitaram a evacuação das residências, já que há risco de novas ocorrências.

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Codesal diz que houve sobrecarga em encosta por conta de construções - Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE

Quatros casas foram condenadas nesta terça-feira, 8, após o desabamento parcial de outro imóvel na localidade do Alto da Sereia, no Rio Vermelho, em Salvador. Engenheiros da Defesa Civil de Salvador (Codesal) solicitaram a evacuação das residências, já que há risco de novas ocorrências.

O imóvel que desabou pertence a Iracema Lima Antunes, 44 anos. Ela morava no local com um filho, que não foi identificado, a filha Dalila Antunes, de 19 anos, e o neto Vicente, de 2 anos. Dalila desconfiou do risco de desabamento após ouvir um barulho e perceber rachaduras na parede. Com medo, ela deixou o imóvel com o filho.

Quando Iracema chegou, a filha falou da situação e elas decidiram se abrigar na casa de um familiar, que mora na mesma localidade. Contudo, Dalila voltou para o imóvel com Vicente para atender uma ligação. Logo após eles saírem, a casa desabou.

Evacuados

O desabamento atingiu a sala da casa de Iracema e Dalila, que foi evacuada ainda na noite desta segunda, logo após o acidente. Além do imóvel delas, outras três residências foram condenadas pela Codesal. Entre elas, o imóvel da mãe de Iracema, Maria de Lourdes, que era colado ao dela.

Outro parente dela também está com a residência ameaçada e teve que deixar o local. Elaine Leal, que é prima de Iracema, disse que também teme que seu imóvel seja condenado.

De acordo com ela, há sete residências na localidade, sendo que a maioria é de parentes. A família já mora na região há mais de 40 anos e disse que nunca houve ocorrência de desabamento no local.

"Nunca teve nada, mas a gente já tinha pedido que fosse feita uma contenção no local como prevenção, porque a gente mora muito próximo da praia e sempre pode ceder ou ter uma infiltração", explicou Elaine, lamentando que a obra não tenha sido aprovada. "Esperaram acontecer uma tragédia. Graças a Deus não teve nenhuma vítima, mas está todo mundo desabrigado".

A casa onde a mãe e irmão de Juliana Sena moram também corre risco. "Agora eles não têm para onde ir. Eles (a prefeitura) dão três meses de aluguel, mas e depois a pessoa mora aonde? Queria que fizessem uma contenção. Se tem jeito de fazer, porque não? É muito mais fácil condenar e pronto", reclama.

Condenados

O engenheiro da Codesal Expedito Filho disse que houve uma sobrecarga na encosta por conta das construções, o que contribuiu para o desabamento. De acordo com ele, os imóveis condenados devem ser demolidos.

Os moradores das residências atingidas foram cadastrados pelo governo municipal para receber auxílio moradia. Por enquanto, eles estão abrigados na casa de familiares.

A tarde // AO