Senador licenciado, o secretário estadual de Educação Walter Pinheiro afirmou que a composição de forças políticas vai ditar a montagem da chapa encabeçada pelo governador Rui Costa, ao comentar a disputa pela última vaga na composição entre o presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD), e a senadora Lídice da Mata (PSB).
O PSD, do senador Otto Alencar, é o partido com o maior número de prefeituras na Bahia.
Ex-petista, Pinheiro defendeu a legitimidade da senadora, sua colega de chapa em 2010, pleitear a reeleição ao lado do PT mas destacou o papel dos partidos na discussão.
Para exemplificar, citou o seu caso. “Eu virei candidato na chapa em 2010 por força dessa alteração da composição das forças políticas, [após a saída de] um partido [o PR] que estava no nosso bloco em maio. Se a composição tivesse sido mantida, era César Borges o candidato na nossa chapa. Portanto, as composições valem”, lembrou.
Eleição em 2020 – O senador licenciado – que decidiu ficar fora da disputa eleitoral de outubro – afirmou que não mais concorrerá a cargos no Legislativo, falou em “contribuir em outra esfera”, mas evitou especular sobre uma candidatura em Salvador na próxima eleição municipal. “Não estou discutindo 2020; primeiro precisamos passar por 2018”, disse.
Há dois anos, ao deixar o Partido dos Trabalhadores, Pinheiro esteve muito próximo de se filiarao PSD, o que acabou não ocorrendo na época. A possibilidade, no entanto, ainda existe, e o secretário explicou nesta terça o motivo de não ter migrado para a sigla.
“Esse rumor do PSD tem desde o dia que saí do PT. Otto brinca que tem que ter a primazia, porque foi o primeiro a me procurar. Tive várias conversas com ele após a minha saída [do PT]. Mas eu disse que não queria ir para partido nenhum atrás de vaga. […]Ficaria a sensação de que fui para o PSD porque teria vaga na chapa”, justificou.
Bahia.ba /// Figueiredo