Bahia

Artistas baianos denunciam sexto ataque seguido a bar LGBT no Centro

O teto do "Caras e Bocas" foi atingido mais uma vez, em quatro meses, por barras de gelo; nesta sexta-feira (24), um cliente ficou ferido

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Foto: Reprodução/ Facebook

Os atores baianos Lelo Filho e Thiago Almasy repercutiram nas redes sociais o ataque sofrido pelo bar LGBT “Caras e Bocas” na madrugada desta sexta-feira (24). É a sexta vez em apenas quatro meses que o teto do estabelecimento é atingido por barras de gelo – no episódio mais recente, um cliente ficou ferido levemente na testa. O “Caras & Bocas” é conhecido pelos apresentações de transformistas e drag queens. “Atenção, poder público! Atenção, imprensa! Pela 6ª vez o Bar Caras & Bocas, comandado por Rosy Silva e Alexsandra Leitte, é depredado em horário de funcionamento, tendo seu teto destruído devido à objetos que são lançados por alguém do prédio ao lado. De ontem pra hoje o episódio se repetiu e um cliente saiu do bar FERIDO. Seis boletins de ocorrência já foram feitos e até agora NADA ACONTECEU. Se o objeto lançado é capaz de PERFURAR O TETO de um estabelecimento, imagina o que aconteceria se ATINGISSE EM CHEIO A CABEÇA de alguém? Podemos começar a falar sobre TENTATIVA DE HOMICÍDIO? Algo ainda mais grave vai precisar acontecer para que uma PROVIDÊNCIA seja tomada?”, publicou Almasy em seu página no Facebook. O texto foi compartilhado pelo também ator e produtor da Cia Baiana de Patifaria, Lelo Filho. Iniciado há duas semanas, após o quinto ataque ao bar no dia 8 de abril, um abaixo-assinado que cobra “agilidade nas investigações” voltou a circular nas redes sociais. Segundo o idealizador da mobilização, Felipe Rangel, os blocos têm sido jogados “supostamente” por algum morador do edifício Santo Amaro, vizinho ao estabelecimento. No entanto, “nada tem sido feito pelo poder público”.

Ele diz que o caso é uma “tragédia anunciada” e pede, também por meio das redes sociais, ajuda ao Ministério Púbico (MP). O vereador Hilton Coelho (PSOL) e  deputada federal Alice Portugal (PCdoB) também são citados no texto, que pede que deem “visibilidade a essa situação”. Até a manhã deste sábado (28), 316 pessoas já haviam assinado o documento – o objetivo é alcançar 500 assinaturas.

Reprodução: Bahia.BA