Um tribunal turco condenou nesta quarta-feira a penas de prisão a vários colaboradores do jornal de oposição turco Cumhuriyet declarados culpados de ter ajudado a organizações “terroristas”, em um julgamento considerado emblemático da deterioração da liberdade de imprensa na Turquia.
Os 13 jornalistas condenados não serão presos, pois têm direito a recorrer. Entre eles, estão o editor do jornal Murat Sabuncu, que foi condenado a sete anos e meio de prisão, e o jornalista investigativo Ahmet Sik, condenado à mesma pena.
Outros três foram absolvidos, segundo uma correspondente da AFP presente no tribunal.
O dono do jornal, Akin Atalay, foi condenado a sete anos e meio de prisão, mas lhe concederam liberdade condicional à espera de um processo de apelação.
Os colaboradores do jornal foram acusados de terem colaborado com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o pregador Fethullah Gülen, apontado por Ancara como o cérebro do golpe de Estado fracassado em julho de 2016, algo que foi desmentido.
A Turquia ocupa a posição 157 de 180 na última clasificação de liberdade de expressão divulgada nesta semana pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF).
AFP // ACJR