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EUA, Reino Unido e França atacam Síria em retaliação a suposto ataque químico

Segundo Donald Trump, bombardeios atingiram instalações de produção de agentes tóxicos

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Míssil cruza céu em Damasco, na Síria

Míssil cruza céu em Damasco, na Síria – Hassan Ammar/Associated Press

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira 13 que lançou uma ofensiva aérea contra a Síria, em represália ao suposto ataque químico que matou 40 pessoas na semana passada. A Casa Branca diz que o ato em questão teria sido ordem do ditador sírio, Bashar al-Assad.

Segundo Trump, o lançamento de 58 mísseis liderado por Washington teve como objetivo destruir cerca de um quinto da Força Aérea síria. A ação teve participação de militares do Reino Unido e da França, que anunciaram apoio aos EUA há dois dias.

O presidente americano também afirmou que uma ação coordenada com esses aliados está em curso, integrando esforços militares, diplomáticos e econômicos dos governos das três nações. 

Em entrevista coletiva uma hora depois, porém, o secretário da Defesa, James Mattis, e o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior conjunto, afirmaram que a ação da madrugada deste sábado em Damasco (22h em Brasília) era pontual e não teria continuidade a menos que o regime repetisse atrocidades. 

Trump considera o suposto ataque químico da semana passada uma escalada significativa no conflito que já dura sete anos e matou mais de 400 mil pessoas no país árabe, chamando esse ato de "crimes de um monstro" e "ataque perverso e vil que deixou pais, mães, bebês e crianças agonizando".

"Há poucos instantes, dei ordem para que as Forças Armadas dos Estados Unidos atacassem alvos sírios associados às capacidades de uso de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad", disse Trump, em pronunciamento na televisão, falando da Casa Branca, em Washington.

Trump disse ainda que americanos e seus aliados estão preparados para manter a pressão sobre Assad até que cessem os ataques com armas químicas, enfatizando, contudo, que os EUA não buscam manter presença por tempo indeterminado no conflito.

 

Resultado de imagem para fotos de porta aviões americanos

Porta aviões americano

 

RÚSSIA E IRÃ

Enquanto isso, aviões e navios americanos foram usados na ofensiva anunciada pelo republicano, de acordo com várias pessoas próximas às Forças Armadas dos EUA. 

O americano mandou ainda alertas a Moscou e Teerã, acusando-os de "apoiar, equipar e financiar o regime criminoso" do ditador Assad.

Segundo Trump, Moscou fracassou na promessa feita há cinco anos de eliminar as armas químicas na Síria, e a reação dos EUA e seus aliados são uma resposta direta, acrescentando que o Kremlin precisa "decidir se vai prosseguir nessa rota escura".

"Que tipo de nação quer se associar ao assassinato em massa de homens, mulheres e crianças inocentes? As nações do mundo só podem ser julgadas pelos amigos que têm", disse. "Nenhuma nação pode prosperar ao promover ditadores assassinos."

Sua decisão —o segundo ataque aéreo dos EUA a forças do regime, mais potente do que o que atingiu uma pista de pouso no ano passado— contraria sua intenção de retirar suas tropas do conflito. Na semana passada, Trump anunciara que planejava trazer seus 2.000 militares na Síria de volta em breve. 

Pouco após Trump, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou em comunicado que autorizara as Forças Armadas de seu país a realizar ataques para "degradar a capacidade de uso de armas químicas pelo regime sírio e conter o uso delas".

 

Folha/// Figueiredo