Política

Temer evita falar de política durante evento em Salvador

Focando na agenda positiva que antecipa a campanha da possível chapa Temer-Meireles, o presidente utilizou seu tempo de fala para destacar as mudanças na economia do país

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Temer participou da cerimônia de posse da nova diretoria da Fieb, em Salvador - Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE

 

No dia em que as manifestações contrárias à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) movimentaram Salvador e outras cidades brasileiras, o presidente Michel Temer (MDB), que esteve na capital baiana para a posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na sexta-feira, 6, evitou falar sobre a conjuntura política nacional. Também não houve menção sobre o mandado de prisão do ex-presidente Lula.

A cerimônia de posse do presidente da Fieb, Ricardo Alban, ocorrida na noite de ontem no Senai Cimatec, marcou a primeira aparição pública de Temer com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meireles após a sua saída da pasta – o que abriu a possibilidade de sua candidatura à Presidência da República pelo MDB.

Focando na agenda positiva que antecipa a campanha da possível chapa Temer-Meireles, o presidente utilizou seu tempo de fala para destacar as mudanças na economia do país nos seus quase dois anos de gestão, com foco nas parcerias do governo com a iniciativa privada.

Além disto, Temer enfatizou a “energia” e o “entusiasmo” do povo baiano. “A Bahia é inspiradora, é um estado quase espiritualizado”, comparou o presidente, frisando que as pessoas precisam ser mais otimistas.

“O interessante no Brasil nos últimos anos foi uma onda de pessimismo. Em tempos passados, o otimismo era muito maior. E os brasileiros sempre procuravam uma paz social, não havia uma divergência radical entre os brasileiros. Havia uma conjugação de esforços”, afirmou Temer.

Em seu discurso, Henrique Meireles não falou sobre suas pretensões eleitorais, e fez uma rápida citação sobre a “crise política e institucional”, antes de tratar da economia brasileira.

“Temos um país que vivia, no começo do nosso trabalho, a maior recessão da nossa história, maior que a Grande Depressão de 1929. De fato, uma situação que só agora começamos a sentir a gravidade daquele momento que vivemos, de crise política e institucional. Uma crise econômica de dimensões devastadoras para a qualidade de vida do povo brasileiro”, disse.

 

A Tarde //// por Alberval Figueiredo