A Câmara de Vereadores de Brumado, no Sudoeste baiano, teve R$ 95 mil desviados da conta por um hacker. O valor corresponde a 21,6% do rendimento mensal da casa. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil local.
Segundo o vereador Leonardo Vasconcelos (PDT), presidente da Câmara, o desvio foi percebido durante a utilização do sistema financeiro que o Legislativo municipal adota. “Apareceu uma tela de atualização no sistema pedindo para digitarmos informações, o que não é comum”, contou. O Banco do Nordeste (BNB) é o responsável pela conta da Câmara.
Vasconcelos diz que, ao procurar o banco, foi orientado a reiniciar o computador, já que havia a suspeita de invasão. Tarde demais.
“O gerente telefonou logo depois dizendo que nesse período foi feita uma transferência de 95 mil reais e nos orientou como proceder. Ao que tudo indica, um hacker de Brasília que fez a transferência para o banco Itaú”, relatou.
Segundo o BNB, os indícios apontam para fraude eletrônica.
O caso aconteceu na última quarta-feira (28). O vereador registrou o caso em um boletim de ocorrência na Delegacia de Brumado. O BNB explicou que dispõe de sistema de monitoramento de transações atípicas. “Na oportunidade, o Banco iniciou análise técnica para ressarcimento ao cliente, se for o caso”, afirmou o banco, em nota.
O dinheiro foi transferido para uma conta do Itaú que fica na capital federal e o BNB solicitou bloqueio do dinheiro transferido. De acordo com o presidente da Câmara de Brumado, os procedimentos finais junto à instituição financeira foram feitos nesta segunda (2).
“Assinei um termo de compromisso entre o Poder Legislativo e o banco. Eles se comprometeram a fazer devolução do valor em até 10 dias úteis. Nem a Câmara nem o banco serão prejudicados”, disse Vasconcelos, que não descarta a transferência da conta do Legislativo para outro banco.
“Vamos entrar em contato com o Tribunal de Contas para relatar o fato e ver se ele autoriza abrir outro processo licitatório”, adiantou.
O site procurou a Polícia Civil de Brumado para comentar o caso, mas não obteve resposta.
Vasconcelos disse que nunca havia ocorrido problema semelhante na cidade. “Nunca passamos por isso aqui. Ouvimos muito falar desse tipo de coisa com pessoas físicas, e até com outras pessoas jurídicas. Temos que ter ainda mais cuidado”, concluiu o vereador.
Fonte: Correio24h // AO