Brasil

Rodrigo Janot: “Não me reuni a portas fechadas”

De Bogotá, por e-mail, o ex-procurador-geral explicou sua crítica à reunião de Temer e Cármen Lúcia. Disse que auxílio-moradia é decisão para o STF e destacou que nunca requereu nem recebeu o benefício

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Mesmo morando fora do país, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot parece atento aos desdobramentos da política nacional. Em janeiro, ele se mudou para Bogotá, na Colômbia, onde ministra um curso na Universidade de Los Andes sobre técnicas de combate à corrupção, mas a distância não o impediu de estar no centro das notícias de maior repercussão no Brasil.

Neste mês, a “lista de Janot”, como ficou conhecida a primeira relação de políticos investigados pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), completou três anos. Em março de 2015, o ministro Teori Zavascki, hoje falecido, autorizou a pedido dele inquéritos para apurar a conduta de 47 pessoas de diferentes partidos. Com o avanço das investigações, o número chega a 78.

Em entrevista à Pública, Rodrigo Janot explica por que se declarou indignado com a reunião privada entre Temer e a presidente do STF, rejeitou comparações com a situação em que se encontrou com o advogado de Joesley e declarou sobre o pedido feito ao Congresso para investigar Temer: “A Câmara fez um juízo político, o meu foi um juízo técnico.”

El País // ACJR