O PSDB decidiu destinar R$ 70 milhões para a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência, um quarto da receita declarada pelo presidenciável tucano na última eleição, Aécio Neves (R$ 275 milhões, atualizados pela inflação).
O montante estabelecido para Alckmin, que é o presidente nacional do PSDB, é o teto permitido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo o tesoureiro do partido, deputado Silvio Torres (SP), foi estipulado nesta semana que, dos R$ 210 milhões disponíveis no PSDB para campanhas eleitorais, R$ 70 milhões serão usados em candidaturas a governos estaduais e ao Senado. Os restantes R$ 70 milhões custearão campanhas dos deputados federais e estaduais.
Torres disse que essa é apenas uma diretriz, uma vez que o número de candidaturas não está fechado. A meta é eleger 60 deputados federais, 12 a mais que os atuais, e dobrar para 12 os governadores.
Exceto a presidencial, as demais candidaturas podem gastar mais do que a previsão de repasse do partido.
Para governador, o limite estabelecido pelo TSE varia conforme a população do estado, chegando a R$ 21 milhões em São Paulo. Para a Câmara, o teto por candidato é de R$ 2,5 milhões.
Por isso, já se antevê alguma tensão em relação à distribuição dos recursos.
O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), disse que os R$ 70 milhões para deputados cobrirão basicamente a campanha à reeleição dos 48 federais tucanos —R$ 1,5 milhão por cabeça, excluindo-se candidatos sem mandato e estaduais.
"Não dá para tirar mais, vai ter de se buscar outras fontes, doações, vai ter de se dar um jeito", disse Leitão.
Para o líder, o fato de o PSDB ter candidato a presidente e estrutura partidária compensará o financiamento, mais modesto que o de siglas que assediam deputados com promessas de até R$ 3 milhões em troca da filiação.
"Fizeram disso um leilão, tipo passe de jogador de futebol", afirmou Leitão.
Fonte: Folhapress // AO