O inquérito dos portos, que tem como investigado o presidente Michel Temer, chegou a um delegado aposentado da Polícia Civil de São Paulo ligado a contas bancárias na Suíça que tinham saldo de US$ 194 milhões em meados da década passsada.
Em um dos relatórios da Operação Patmos, deflagrada após as delações do grupo J&F, a Polícia Federal analisou o conteúdo do telefone do coronel aposentado da PM João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e conhecido como Coronel Lima.
Chamou a atenção uma troca de mensagem via whatsapp com uma pessoa de nome "Miguel de Oliveira", datada de 30 de abril de 2017, às 10h22: "Recebeu pouco. Nas minhas contas deveria ter recebido 120 mil. Estão 'garfando' o coitado".
Segundo a polícia, o diálogo tratava de um pagamento feito a alguém que foi enganado pois o valor pago deveria ser maior. Quando preparou o relatório , porém, a polícia não havia desvendado o interlocutor: "O referido Miguel de Oliveira não foi identificado pelos meios utilizados nesta análise".
Época /// por Alberval Figueiredo