Brasil

Apontadas como suspeitas pela execução de Marielle, milícias atuam no Rio sem serem incomodadas

Grupos de ex-policiais, militares e agentes na ativa não foram confrontados, garantindo expansão dessa força paralela. Dois milhões de pessoas vivem em áreas sob seu controle

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Uma eminência parda controla territórios no Rio de Janeiro onde vivem mais de 2 milhões de pessoas. São as milícias, grupos formados por ex-policiais, bombeiros, militares, agentes penitenciários e também membros das forças de segurança ainda na ativa. A atuação destas organizações paramilitares voltou à tona após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes no dia 14 de março.

Embora a polícia ainda não tenha identificado nenhum dos assassinos, o nível de profissionalismo da emboscada e as reiteradas críticas feitas pela parlamentar à atuação da polícia e à intervenção federal jogam a suspeita sobre grupos milicianos.

Especialistas ouvidos pelo EL PAÍS afirmam que nas últimas décadas muito pouco foi feito para controlar estes grupos, que colocam em risco a democracia nos territórios em seu poder e já elegeram vereadores e deputados estaduais.

El País // ACJR